A história e resistência do candomblé
Livro gratuito da EDUFBA analisa perseguições e estratégias de resistência dos terreiros no Recôncavo baiano.
AEditora da Universidade Federal da Bahia (EDUFBA) disponibiliza gratuitamente o livro O poder dos Candomblés – perseguição e resistência no Recôncavo da Bahia, de Edmar Ferreira Santos. A obra, que não exige cadastro ou formulário para download, segue os princípios da ciência aberta e já se tornou uma referência nos campos da história das religiões e da história do Brasil republicano. Clique aqui para saber mais.
Resultado de uma extensa pesquisa documental e de campo, o livro examina como os terreiros de candomblé resistiram às perseguições religiosas, políticas e policiais na região de Cachoeira, na Bahia, entre o final do século XIX e o início do século XX. Edmar reconstrói uma história muitas vezes silenciada, revelando, como afirma o historiador Luis Nicolau Parés no prefácio, “uma história, até agora invisível daqueles a quem foi negada a voz – paradoxalmente revelada nas entrelinhas dos textos produzidos pelos próprios silenciadores”.
Curso online de Revolução Francesa
Seguem abertas as inscrições para o curso livre e online “História da Revolução Francesa”, que será ministrado pelo historiador Daniel Carvalho, professor da Universidade de São Paulo. As aulas vão acontecer nos dias 4, 5 e 6 de agosto de 2025. Para quem não conseguir ver ao vivo, a gravação permanecerá disponível para os inscritos por 60 dias. Para mais informações, clique aqui. Vagas limitadas.
Carvaho é autor dos livros Revolução Francesa (2022, Editora Contexto) e Thomas Paine e a Revolução Francesa (2023, Fino Traço), e um dos hosts do podcast História Pirata. No Café História, Carvalho já falou sobre Thomas Paine, Liberalismo e Revolução Francesa.
O que é o antropoceno?
Há cerca de 12 mil anos, o planeta Terra entrou em uma era geológica chamada Holoceno. Ela começou após um intenso período de glaciação, quando o clima no planeta se tornou mais estável e facilitou o desenvolvimento dos seres humanos e outras espécies. Nos últimos séculos, porém, alguns cientistas acreditam que a humanidade tem produzido tantos impactos estruturais na natureza, que estaríamos vivendo uma nova era geológica. No início dos anos 2000, o químico Paul Crutzen e o biólogo Eugene Stoermer sugeriram um nome para descrever essa possível nova era: o Antropoceno.
Para os cientistas que defendem essa teoria, a invenção da primeira máquina a vapor em 1769 marcou o início do Antropoceno, ou seja, a era dos humanos. A escolha dessa marcação temporal se explica em razão dos impactos da industrialização nas sociedades e nos modos de funcionamento do planeta.
Desde seu surgimento, os seres humanos sempre se utilizaram da natureza para produzir sua própria subsistência. No entanto, a partir da Revolução Industrial, essa capacidade produtiva se tornou cada vez mais rápida e ampla, fazendo com que as condições climáticas dos últimos milênios fossem perturbadas.
Assim, ao chamar essa nova era do planeta de era dos humanos, Crutzen e Stoermer estão criticando os modelos de desenvolvimento experimentados nos últimos séculos. Por isso, uma visão do planeta baseada no Antropoceno ressalta a capacidade humana de, a partir da criação de novas tecnologias, transformar a vida na Terra.
Continue lendo o artigo do historiador Marcus Oliveira aqui.