A "trégua natalina" de 1914, na Primeira Guerra Mundial
Historiadora faz alerta sobre a memória desta conhecida história que virou até filme
Natal em 1914
Não é incomum que, nesta época de final de ano, a imprensa reproduza a conhecida história da “Trégua de Natal” de 1914, durante a Primeira Guerra Mundial. Na Frente Ocidental, soldados franceses, escoceses e alemães deixaram as armas de lado, saíram das trincheiras e confraternizaram na noite de Natal, com bebidas, comida, cigarros e até partidas de futebol. O evento virou filme, “Feliz Natal” (Joyeux Noël), lançado em 2005, com direção de Christian Carion e com Daniel Brühl (de “Adeus Lenin” e “Rush”). Mas essa história aconteceu mesmo?
Para a historiadora Kathryn N. McDaniel, a reprodução acrítica dessa memória da Primeira Guerra Mundial pode levar a algumas distorções na interpretação geral daquele evento. McDaniel organizou uma seminário com os seus alunos, nos Estados Unidos, para examinar as narrativas de memória sobre aquela noite de 1914. Aqui.
Livros preferidos dos historiadores
Oque os historiadores e historiadoras mais gostaram de ler em 2024? Para responder a essa pergunta, o Café História ouviu 10 especialistas de diferentes regiões do Brasil, que compartilharam os livros de história que mais os marcaram ao longo do ano. As escolhas refletem a diversidade do campo historiográfico, tanto em termos de trajetórias acadêmicas quanto de áreas de atuação, abrangendo perspectivas e temas que ajudam a iluminar o passado e a compreender os desafios do presente.
Os livros indicados não se destacam apenas por sua relevância acadêmica, mas também por sua capacidade de dialogar com questões contemporâneas. A lista fala de livros lidos em 2024, e não de livros publicados em 2024. De obras consagradas a lançamentos, os títulos sugeridos demonstram o vigor das pesquisas históricas e a amplitude de interesses dos profissionais da área. Há livros sobre fascismo, Revolução Francesa, Luiz Gama, autobiografias e muito mais! Confira a lista aqui.
Memes numa aula de História?
Quem utiliza as redes sociais com frequência está habituado a receber imagens, vídeos e áudios que são compartilhados e replicados milhares, às vezes milhões de vezes por mensagens e postagens. Na linguagem da internet, o conteúdo que alcança muita repercussão entre os usuários é chamado de meme e um dos principais responsáveis por fazer com que um tema viralize é o público mais jovem.
Percebendo essa tendência entre os estudantes do Ensino Médio, um professor de Camaçari, na Bahia, decidiu usar os memes nas aulas de História. A proposta do professor Flávio de Carvalho Pereira foi estimular os alunos a produzirem memes relacionados à história local do município baiano. A atividade é resultado da dissertação ‘“Camaçacity” no centro do mundo: ensino de história local com produção de memes”, defendida por Pereira, em 2023, no Mestrado Profissional em Ensino de História da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Confira aqui.
Últimos dias de desconto
O livro “Quero fazer Mestrado em História” continua com 70% de desconto na Amazon. O livro está custando apenas R$ 5,99. Mas é apenas até o dia 31 de dezembro. O livro está na lista dos mais vendidos nas categorias "Historiografia", “História” e “Ensino e Estudo” da Amazon - veja aqui.
Nele, o editor-chefe do Café História, que também é professor do departamento de História da Universidade de Brasília (UnB), explica o processo seletivo e o funcionamento do mestrado: disciplinas, bolsas, bancas, atividades acadêmicas, orientação e o cotidiano de um mestrando em História.