A época moderna
Em entrevista ao Café História, o historiador André de Melo Araújo, professor da Universidade de Brasília, fala sobre a chamada "época moderna", tema de livro organizado por ele e por outros historiadores e historiadoras que atuam na área. "A Época Moderna", que acaba de ser publicado pela Editora Vozes, tem tudo para se tornar uma referência. Confira a entrevista aqui.
“No caso particular do termo Época Moderna, a expressão “história nova” foi utilizada no século XVII, em latim, por um acadêmico europeu chamado Christoph Cellarius para designar os acontecimentos históricos ocorridos nos últimos dois séculos, incluindo, portanto, o tempo presente dele, a época na qual ele vivia. Ao utilizar essa expressão, Cellarius dividiu a história em três momentos: o período dos Antigos, um tempo do meio – ou uma Idade Média – e a história nova. Desse modo, um primeiro parâmetro utilizado por Cellarius é de ordem intelectual, cultural e política, ao responder à necessidade do seu tempo presente de identificar um processo de transformação das sociedades em curso e, sobretudo, de se diferenciar dos tempos passados.”
Fake News na história
Nos dias 5 e 12 de dezembro de 2024 acontece o Seminário “Fake News na história”, que será ministrado pelo historiador Bruno Leal, professor de História Contemporânea do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade de Brasília (UnB). Ele também é o criador do Café História. Clique aqui para saber mais e fazer sua inscrição.
“As notícias falsas fazem parte das nossas vidas, e estamos tentando entender como lidar com elas, como evitar que elas minem a nossa democracia e dignidade. Mas a verdade é que as notícias falsas são antigas. Há muitas gerações elas estão circulando socialmente, muito antes das novas mídias digitais. Veja o caso do Plano Cohen, que deu margem para que se instaurasse no país, em 1937, a ditadura do Estado Novo. Tudo isso começou com um documento forjado e uma “notícia” reproduzida. Então, a ideia deste seminário online é entender o problema a partir de uma perspectiva histórica, entender os padrões e as estruturas polimorfas das fake news. E quem sabe, melhorar nossas estratégias de combate e prevenção”, sublinha Leal.
O seminário será dividido em dois encontros online e ao vivo, por meio de plataforma Sympla, que utiliza a ferramenta Zoom para a transmissão. Cada encontro terá duas horas de duração e cerca de 30 minutos deste tempo será destinado ao debate e momento de perguntas. Os encontros ocorrem entre 18h30 e 20h30.
Não pode assistir os seminários ao vivo? Não se preocupe. O material será gravado e estará disponível por 60 dias na plataforma Sympla. Ao final do curso, todos os inscritos receberão um certificado de participação, com 4 horas de carga-horária. O curso não conta com avaliação.
O cemitério que virou pesquisa
Marco Antônio Coelho Soares, pesquisador do Mestrado Profissional em Ensino de História da Universidade Federal do Pará (UFPA) explica que o cemitério não é apenas morada dos mortos e da saudade. Ele diz muito sobre as sociedades do passado. Soares é autor da dissertação “Aqui vive a memória: educação patrimonial a partir de um roteiro virtual pelo Cemitério Santa Izabel no distrito de Icoaraci (Belém/PA)”, defendida pelo pesquisador Marco Antônio Coelho Soares, em 2021, no Mestrado Profissional em Ensino de História da Universidade Federal do Pará (UFPA). Clique aqui.
História e saúde pública
Em entrevista ao Café História, o coordenador do Observatório História e Saúde da Casa de Oswaldo Cruz, Fiocruz, Carlos Henrique Assunção Paiva, conta como se consolidou a Estratégia Saúde da Família, que completa 30 anos em 2024. História mostra que saúde pública não resiste sem mobilização coletiva, força política e processos continuados. Clique aqui para ler.