Feminismo de mercado?
Em livro gratuito, pesquisadora examina como o discurso publicitário e o mercado se apropriam de pautas feministas.
A luta feminista é histórica e libertadora. Mas e quando o discurso publicitário se apropria de alguns desses elementos para vender mais produtos? Quais são as implicações políticas e sociais desse tipo de apropriação capitalista?
Essas perguntas dão o tom do livro “Feminismo de mercado – Quando a publicidade e o mercado ‘compram’ as pautas feministas”, da pesquisadora Soraya Maria Bernardino Barreto Januário. O livro foi publicado pela Editora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e está disponível para download gratuito em formato PDF.
“Ela fala sobre temas como empoderamento, autonomia, o ser o que quiser, o estar onde quiser que tão recorrentemente interpelam consumidoras na escolha de produtos corriqueiros como shampoos ou absorventes ou justificam narrativas empreendedoras, por exemplo. Longe de apresentar respostas simplificadoras, o livro descortina um horizonte de perguntas e desconfortos que sua análise séria e crítica leva em consideração quando se trata das afinidades entre a publicidade e alguns feminismos. Assim, a autora nos faz um alerta de pronto: não se trata de assumir uma postura redentora sobre a prática publicitária quando ela se encontra com a pauta feminista, tampouco persistir nas “velhas opiniões formadas” sobre a publicidade como uma retórica enganadora e utilitarista, seja de qual tema for. Não há espaço para maniqueísmos”, escreve a pesquisadora Carolina Falcão, na apresentação da obra.
Segunda Guerra Mundial
O conhecido historiador David Bell colabora com o Café História com um texto inédito em português sobre o desembarque das forças aliadas na Normandia, no norte da França. Bell faz narrativa densa de uma das batalhas mais impressionantes da Segunda Guerra Mundial, entre junho e julho de 1944. Para David Bell devemos ser gratos aos que derramaram seu sangue na luta contra as forças do Eixo.
David Bell é Professor do Departamento de História da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos. Estuda a Europa moderna e o início da Era Moderna. É autor de sete livros, o mais recente deles “Men on Horseback: Charisma and Power in the Age of Revolutions” (Farrar, Straus and Giroux, 2020), que mostra como as formas modernas de carisma político foram entrelaçadas com as formas modernas de democracia constitucional, com o potencial de reforçá-las e miná-las. Atualmente, ele escreve sobre a história do Iluminismo.
História na trincheira
Era o dia 2 de janeiro quando o soldado ucraniano Oleksandr Shyrshyn publicou em seu perfil no Facebook uma foto inusitada: deitado em uma trincheira, Shyrshyn lê o livro “The Road to Unfreedom Russia, Europe, America”, do popular historiador norte-americano Timothy Snyder, professor da Universidade de Yale, nos Estados Unidos.
A foto espalhou-se rapidamente pela web e o próprio Snyder a compartilhou. Na última sexta-feira, 24 de março, os dois se encontraram na Universidade Católica Ucraniana em Lviv e fizeram um registro fotográfico. Uma história interessante e que prova uma série de reflexões sobre violência, livros, paz e guerra.
Mestrado
O livro “Quero fazer Mestrado em História” segue na lista dos mais vendidos na categoria "Historiografia", da Amazon Brasil. Nele, o editor-chefe do Café História, que também é professor do departamento de História da UnB, explica o processo seletivo e o funcionamento do mestrado: disciplinas, bolsas, bancas, atividades acadêmicas, orientação e o cotidiano de um mestrando em História.
Além de muitas informações relevantes, o livro também traz reflexões sobre o ato da pesquisa histórica, conta um pouco da história dos mestrados em História e examina as dificuldades e desafios de se fazer um mestrado no Brasil. A obra está disponível em livro eletrônico e pode ser lido em diversos dispositivos: tablets, Kindle, computador e celular. Assinantes do serviço Kindle Unlimited podem ler de graça.