Soldados não-brancos na Grande Guerra
Na última semana, o historiador Bruno Leal, professor do Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB) e editor-chefe do portal Café História, participou do programa “Provocação Histórica”, da TV ICL Notícias, apresentado por Lindener Pareto. Na entrevista, Leal destacou aspectos menos conhecidos da Primeira Guerra Mundial, enfatizando a participação de 4 milhões de soldados e trabalhadores não brancos no conflito, cujas contribuições foram amplamente silenciadas nas narrativas dominantes sobre o evento. Clique aqui para assistir.
Segundo o historiador, esses homens, vindos de diferentes colônias africanas e, principalmente, da Índia, desempenharam papéis cruciais tanto no campo de batalha quanto no suporte logístico. “O historiador Santanu Das diz que falamos mais sobre os quatro grandes poetas britânicos da Primeira Guerra Mundial do que esses 4 milhões de pessoas”, afirmou Leal, defendendo a necessidade de incorporar essas vozes às análises históricas. Ele argumentou que reconhecer a participação desses indivíduos é fundamental para entender o impacto global da Primeira Guerra Mundial e suas implicações sociais e políticas.
Leal também explorou aspectos da vida cotidiana nas trincheiras, tema central de sua pesquisa sobre os chamados jornais de trincheira, produzidos por diversos exércitos nacionais, sobretudo pelas forças Aliadas. Ele destacou como esses periódicos ilustram os desafios enfrentados pelos combatentes, incluindo as precárias condições de vida, a saudade de casa e as estratégias criativas para lidar com o trauma e o tédio no front.
“Alien: Romulus” (Crítica)
“Alien, o oitavo passageiro” (Ridley Scott,1979) é brilhante. O cinema de ficção científica pode ser dividido entre antes e depois dele. Os demais filmes da franquia não brilham tanto como o original, mas sempre foram, no mínimo, boas apostas, expandindo a história em direções instigantes e respeitando as reflexões sobre ambientalismo, capitalismo predatório, tecnologia e humanidade. “Alien: Romulus”(2024) é uma renúncia a tudo isso.
Dirigido pelo cineasta uruguaio Fede Álvarez (“O Homem nas Trevas” e “A Morte do Demônio”), o filme conta a história de um grupo de jovens colonizadores espaciais que se aventuram nas profundezas de uma estação espacial abandonada. Lá, eles passam o pão que o diabo amassou na mão das terríveis criaturas que tão bem conhecemos. Na linha do tempo, o filme se passa entre os eventos de “Alien: O Oitavo Passageiro” e “Aliens: O Resgate”. Confira aqui a crítica completa.
Mestrado em história
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Nele, o editor-chefe do Café História, que também é professor do departamento de História da Universidade de Brasília (UnB), explica o processo seletivo e o funcionamento do mestrado: disciplinas, bolsas, bancas, atividades acadêmicas, orientação e o cotidiano de um mestrando em História.
Além de muitas informações relevantes, o livro também traz reflexões sobre o ato da pesquisa histórica, conta um pouco da história dos mestrados em História e examina as dificuldades e desafios de se fazer um mestrado no Brasil. A obra está disponível em livro eletrônico e pode ser lido em diversos dispositivos: tablets, Kindle, computador e celular. Assinantes do serviço Kindle Unlimited podem ler de graça.